Francisco Campos
Francisco Luís da Silva Campos nasceu em Dores do Indaiá, Minas Gerais, no dia 18 de novembro de 1891. Foi deputado federal pelo seu Estado, de 1921 a 1925, quando afastou-se da Câmara para assumir a Secretaria do Interior de Minas, quando presidia aquele Estado Antônio Carlos. Na sua gestão, foi criada a Universidade de Minas Gerais e renovado todo o ensino primário e normal no Estado, numa experiência pioneira no País. Com a Revolução de 30 e a ascensão de Getúlio Vargas, assumiu o Ministério da Educação e Saúde, entre 1930 e 1932, período em que adotou medidas reformistas, como a organização dos estatutos das Universidades brasileiras; a reforma do ensino secundário; a reintrodução, em caráter facultativo, do ensino religioso nas escolas etc. Foi professor catedrático de Filosofia do Direito, na Faculdade Nacional de Direito e consultor-geral da República, de 1933 a 1937. Ministro da Justiça, de 1937 a 1941, arquitetou a Constituição de 1937, conhecida como 'Polaca', por ter sido inspirada no modelo polonês. Durante sua gestão, Francisco Campos elaborou várias emendas ao texto constitucional; promoveu, ainda, as reformas do Código de Processo Civil, do Código Penal e do Código de Processo Penal, e cuidou, também, de um anteprojeto de novo Código Civil. Seu período no Ministério da Justiça foi marcado por grande repressão política.
Foi presidente da Comissão Jurídica Interamericana, de 1943 a 1955. No regime militar, inaugurado em 1964, redigiu, com Carlos Medeiros Silva, uma 'legislação revolucionária': o Ato Institucional, que mais tarde passou a ser numerado como o primeiro de uma série.
Francisco Campos morreu em Belo Horizonte, no dia 1º de novembro de 1968. Deixou vários livros publicados, entre eles: 'A Doutrina da População', 'Ciclo de Helena' (poesias), 'Atualidade de Dom Quixote', 'O Estado Nacional'.