Ano 7 - Nº 7 - 1/2013

Aspectos Históricos do uso de Recursos Tecnológicos no Ensino de Línguas

Resumo

Este artigo trata da contribuição de Jan Amos Comeniusque inseriu imagens em sua obra. A primeira parte deste artigo traz a história do uso de recursos, das pinturas rupestres até o uso dos livros eletrônicos, bem como a evolução dos recursos utilizados no ensino de línguas. A segunda parte apresenta as qualidades esperadas de todo professor de línguas a partir da obra de Jan Amos Comenius. A terceira parte do artigo é a biografia de Comenius. A quarta parte, relaciona Comenius com o ciberespaço e o ensino de línguas. Conclui-se que é necessário tecnologia e bons professores na solução de problemas atuais como a evasão, favorecendo a autonomia, incentivando o intercâmbio e a pesquisa.

Palavras-chave: Comenius; recursos no ensino de língua estrangeira; Tecnologia da informação e da comunicação (TIC)

ABSTRACT

This article is about the contribution of Jan Amos Comenius who inserted images in his work. The first part of this article is about the history of the use of resources, of the cave paintings until the use of electronic books, as well as the evolution of the resources used in the language teaching. The second part presents the qualities expected of every language teacher from the work of Jan Amos Comenius. The third part of the article is the biography of Comenius. The fourth part, relates Comenius to the cyberspace and the teaching of languages. It is concluded that technology and good teachers are necessary to solve current problems such as school evasion, favoring the autonomy, encouraging exchange and research.

Keywords: Comenius; Resources used in the Language Teaching; Information Communication Technology (ICT)

1. Introdução

No primeiro semestre de 2012 encontrei-me como aluna regular no Programa de Mestrado em Linguística Aplicada na UnB, matriculada na disciplina HELB (História do Ensino de Línguas no Brasil), disciplina essa única no Brasil em oferta regular de programas de pós-graduação no país.  A disciplina faz parte de um projeto amplo de pesquisa (História e Formação de Professores de Línguas), possui uma página eletrônica com URL própria que contém bibliografia especializada, um acervo de documentos históricos, uma linha do tempo com fatos e personagens históricos dos mais de 500 anos de existência do Brasil e uma revista com edição anual sobre a história do ensino de línguas no país.  

Dentre os desafios de cursar essa disciplina posso citar exigência de publicação de um trabalho investigativo original. Da mesma maneira que aprendi a reconhecer a História do Ensino de Línguas indispensável para uma formação de professores de línguas, considero também ser impossível pensar no ensino de línguas hoje sem o concurso das ferramentas tecnológicas, do aparelho de som, do livro didático, dos dicionários e das gramáticas, da internet, da facilidade de acesso a jornais, emissoras de rádio, TV, conversas com falantes nativos, entre outros.  Mas sabemos que nem sempre foi assim.  

Ahistórianospossibilitaconheceropassadoparacompreenderopresenteeprojetarmelhorofuturo. Nesta pesquisa sobre o uso dos recursos tecnológicos na história, apresento a evolução desde a pré-história até os dias atuais, apresentando no percurso a contribuição seminal de Comenius, o autor de Orbis et Pictus (1658) que revolucionou o ensino ao inserir imagens em seu livro.

2. O uso dos recursos: o princípio

Se analisarmos os vestígios culturais do homem pré-histórico, descobriremos que as magníficas pinturas rupestres atestam que a necessidade de comunicação do homem que, através dos séculos, foi adquirindo novos instrumentos. A necessidade de comunicação latente no ser humano fez com que o homem se comunicasse utilizando outros recursos como gestos, danças e desenhos, antes da invenção da escrita, conforme ilustração do quadro 01:

Quadro 01: A comunicação a partir de imagens rupestres


Fonte: Internet

Foram necessárias três idades históricas para que o livro chegasse ao formato atual: a Idade Antiga (idealização do códice), Idade Média (papel como suporte para a escrita) e a Idade Moderna com a invenção da imprensa. No final do século XIX começam a surgir livros mais baratos e acessíveis, como as edições de bolso, que são caracterizadas pela diversidade de títulos e por serem produtos de consumo da sociedade moderna.  Os livros eletrônicos ou e-livros são objetos de leitura em formato digitai que podem ser lidos através de equipamentos eletrônicos como computadores e celulares, entre outros suportes. Podemos observar que como suportes para a escrita já contamos com o papiro, o pergaminho, as tábuas de cera e de argila, a madeira, a lousa e o papel e como instrumentos para a escrita, a cunha de madeira e de osso, penas de aves, estilete de marfim e a caneta esferográfica. As ilustrações no quadro 02, apresenta a evolução do livro:

As informações que apresento a seguir com base em Santos (s/data) trazem explicações sobre as tábuas de argila, o óstraco, o pergaminho e o papiro.  Segundo a autora, as tábuas de argila ou lajotas de barros mediam cerca de 75 cm e um livro consistia de várias tabuletas para que o leitor pudesse pegar essas tabuletas em ordem previamente determinada. As lajotas eram guardadas numa espécie de bolsa ou caixa. O óstraco era muito utilizado para textos curtos e anotações que não mereciam o suporte nobre do papiro. Na Grécia antiga eram usados como cédula de votação.

O pergaminho é basicamente o resultado do couro cru esticado, processado e polido. A tinta utilizada era de cobre e inicialmente o instrumento utilizado para escrever era o cálamo (feito de cana ou junco, afinado na extremidade), substituído posteriormente por penas de aves. O papiro foi cultivado às margens do rio Nilo e era processado de forma a possibilitar sua utilização como suporte para a escrita.

Aprimeira revolução tecnológica na história foi a invenção da imprensa pelo alemão Johannes Gutemberg no ano de 1442 tornando-se um dos fatos importantes que mudaram o mundo, conforme ilustrações no quadro 03:

Quadro 03: Gutemberg e uma página de sua Bíblia

Observando a evolução temos ainda a seguir o Vita Christi, o livro atual e o livro digital em sequência, conforme ilustrações no quadro 04:

O Vita Christi é um dos mais importantes incunábulos, designando esse termo os livros impressos no século XV desde a invenção da tipografia e filologia até o ano de 1500.

São considerados recursos tecnológicos, para fins de ensino, todos os materiais que conhecemos: lousa, giz, livros, vídeo entre outros. Quando tratamos de recursos didáticos, outra definição que temos é a de que os recursos materiais, mecânicos, elétricos e eletrônicos que se utilizam com fins educacionais, são meios também chamados de mídias; nesse sentido, computador, videocassete, lousa, retro projetor, carteiras. Estes viabilizam a interação entre os participantes de um processo educacional, constituindo instrumentos, ferramentas de trabalho ou recurso de apoio. Paiva (2012) ao escrever sobre os recursos tecnológicos no ensino de línguas nos apresenta o quadro a seguir que resume com imagens a evolução dos recursos no ensino de línguas, conforme ilustrações do quadro 05:

Quadro 05: Evolução dos recursos no ensino de línguas

3. Qualidades de todo professor de línguas: criatividade, intuição e paixão

Leffa (1994) propõe três “qualidades” desejáveis no professor de línguas: criatividade, intuição e paixão além, obviamente, do conhecimento da língua e seu uso além dos fundamentos teóricos requeridos. A partir de qualidades como essas e de muita inventividade, um educador europeu revolucionou ahistória do ensino de línguas no início do século 17.

Trata-se de Jan Amos Komensky, que teve seu nome adaptado para uma versão latinizada - Comenius. Em Portugal, usa-se o termo Comênio. No Brasil, usa-se também uma versão abrasileirada, Comênio, mas neste artigo uso a palavra Comenius, a versão mais conhecida internacionalmente desse que é conhecido como precursor da pedagogia moderna e pai da didática. Foi cientista, escritor, mestre e integrante da classe eclesiástica.  Nasceu em 28 de março de 1592,no município de Nivnitz, na Morávia, região localizada na Europa central, atualmente território da República Checa. Ele foi educado num núcleo familiar protestante, no interior da igreja dos Irmãos Morávios dentro de um padrão de estrita humildade e singeleza. Ao completar 12 anos, se viu órfão, enquanto recebia uma educação já desprovida de afeto num sistema escolar rígido, tendo professores despóticos com as temidas palmatórias e lições dogmáticas, dotadas de verdade inquestionável. Nesse ambiente aprende a ler, escrever e contar. A ilustração do quadro 06 apresenta a imagem de Jan Amos Comenius:

Quadro 06: Jan Amos Comenius


Fonte: Internet

Aos 26 anos se torna pastor da Igreja que sempre frequentou e passa a residir em Fulnek, capital moraviana. Nessa região assolada pela Guerra dos Trinta Anos, ele se casou e teve filhos, mas houve uma epidemia que devastou a cidade, após a invasão da Espanha, em 1622 e sua esposa e filhos pereceram. Comenius, nessa época de conflito, também se viu despojado de seus livros e textos.  Durante sete anos permaneceu como fugitivo em seu próprio país, escondendo-se em cabanas abandonadas, em covas e até em árvores.

Em 1628, Comenius organizou um pequeno grupo de protestantes que fugiram da Moravia para a Polônia.  Durante 42 anos de sua vida, vagou por diversos países da Europa como refugiado pobre. Casou-se novamente, porém sua segunda esposa também veio a morrer, deixando quatro crianças aos seus cuidados. Entre seus escritos destacam-se Janua Linguarum Reserata (1631), um manual para o ensino de línguas, Didactica Magna, publicado pouco depois, uma proposta de sistema educativo a ser aplicado da infância aos estudos pós-universitários, propondo a universalização do saber e a supressão dos conflitos religiosos e políticos, e Orbis Sensualium Pictus (1658), um livro amplamente ilustrado com gravuras didáticas, cada qual desempenhando um importante papel na lição. É justamente desse livro que tratarei na seção seguinte. Comenius centralizou suas atividades em Amsterdã, na Holanda, onde permaneceu até sua morte, em 15 de novembro de 1670. O escritor morávio conseguiu muito prestígio por toda a Europa, sendo chamado a vários países europeus para pôr em prática suas teorias pedagógica e filosófica. Foi seguido por outros grandes educadores como Jean-Jacques Rousseau, John Locke e J. H. Pestalozzi, que também recomendavam a utilização de materiais sensoriais para auxiliar a educação.  Ele foi sepultado em Naarden, e em seu sepulcro foi erguido um mausoléu em sua memória.

Sobre Comenius, a ênfase que trago de sua história de vida, foi que, não obstante as dificuldades que sofreu, como a guerra, a fome, as perseguições e a solidão, foi capaz de gerar grandes ensinamentos à humanidade. Ao inserir imagens num livro para ensinar línguas, demonstrou ser um autormuito à frente do seu tempo, tentando melhorar o mundo, ao contar com as qualidades referidas por Leffa (1994) para distinguir o professor de línguas de nossa época: criatividade, intuição e paixão (que interpreto como calor humano). A ilustração do quadro 07 traz o primeiro livro de imagens de Comenius: Orbis Sensualium Pictus:

Quadro 07: Primeiro livro de Comenius – Orbis Sensualium Pictus

http://www.avizora.com/publicaciones/biografias/textos/textos_c/images/0032_comenius_jan_portada_orbis_sensualium_01.jpghttp://www.avizora.com/publicaciones/biografias/textos/textos_c/images/0032_comenius_jan_portada_orbis_sensualium_01.jpg
Fonte: Internet

O prefácio da obra traz a seguinte expressão:

Como podem ver, trata-se de um livreto modesto; Mas, igualmente, um conceito curto de todo o mundo e de toda a linguagem, cheio de figuras, de imagens (Bildungen), de conceitos (Benamungen) e de descrições das coisas.  (1) as imagens são representações de todas as coisas visíveis no mundo (nelas se incluem de certa maneira também as invisíveis), (2) os conceitos (Benamungen) são os escritos superiores ou títulos postos sob cada figura, os quais expressam toda a imagem(Bildung) por meio de uma palavra geral. [...] disposto dessa maneira, este livreto servirá, como espero, primeiro, para trazer ânimo, de modo que a escola não represente um martírio para eles, senão um prazer. Pois muitas crianças se divertem com as gravuras e deleitam o olhar com tais obras visuais. Este Livreto serve para despertar a fixação das coisas e aguçar cada vez mais a atenção. (Tradução nossa)

Comenius foi o primeiro a utilizar a imagem como um meio legítimo para educar, conforme as ilustrações do quadro 08:

         Quadro 08: Imagens no livro de Comenius

A sua pretensão era tornar a educação acessível a todos de forma igualitária. Comenius dizia que o nome de um dado objeto só poderia ser apreendido a partir da presença real do objeto ou, quando não fosse possível, através de sua imagem. Para Comenius o método deve seguir os seguintes momentos: a) tudo o que se deve saber deve ser ensinado; b) qualquer coisa que se ensine deverá ser ensinada em sua aplicação prática, no seu uso definido; c) deve se ensinar de maneira direta e clara; d) ensinar a verdadeira natureza das coisas, partindo de suas causas; e) explicar primeiro os princípios gerais; f) ensinar as coisas em seu devido tempo; g) não abandonar nenhum assunto até sua perfeita compreensão; h) dar a devida importância às diferenças que existem entre as coisas. Ressalto que os pressupostos citados aqui, não provinham da pesquisa, senão da observação refletida. Por exemplo, hoje podemos pressupor que nem tudo que sabemos de uma língua (por ex, o seu uso) não é sempre o resultado do que alguém nos ensinou.

4. Comenius, o ciberespaço e o ensino de línguas: uma história mais recente

Ao apresentar Comenius como um grande personagem na história do ensino de línguas, por introduzir imagens aos livros e apresentar princípios norteadores para todo o trabalho de ensino-aprendizagem, destaco o bom uso dos recursos, ou seja, Comenius introduziu imagens para fazer seu trabalho cada vez melhor.

Ciberespaço é um termo que foi idealizado por William Gibson, em 1984, no livro Neuromancer, referindo-se a um espaço virtual composto por cada computador e usuário conectados em uma rede mundial.  Com o surgimento da rede digital e do ciberespaço, que foi explicitada a possibilidade de virtualização e o virtual passou a ser um traço inquestionável nas práticas sociais. Com a inserção de contextos virtuais, como círculos eletrônicos de amizade, por meio de comunidades virtuais, e da possibilidade de “navegar” pelo mundo, tornando o presente cada vez mais próximo da idéia de aldeia global.

Hoje, com as tecnologias, temos à disposição recursos de vídeo, som, imagens.  Os aprendizes de línguas podem se contatar com um falante nativo em tempo real, pode conhecer as cidades, assistir às danças, ver as receitas das comidas típicas dos países, saber o que significa determinada palavra ou expressão com total rapidez, entre outros. O ensino de línguas ganha uma enorme gama de possibilidades.

Temosreconhecido muitas das vantagens da rede mundial de computadores em facilitar a comunicação e acesso à informação em todos os campos profissionais, incluindo a instrução de línguas, quer seja a materna, quer as demais, adquiridas para a multiplicação da competência comunicativa de base.

A infiltração do computador em todas as áreas de estudo e trabalho representa uma onda de inovações em cadeia capaz de transformar nossa inteira percepção das coisas. Isso representa no final uma nova revolução na produção e circulação do conhecimento humano.  As novas tecnologias de base digital que introduzem facilidades e inserção no mundo para parte crescente da sociedade, obrigam-nos a adaptações numa longa fase de transição, que para muitas pessoas constitui dificuldade considerável, dependendo da idade com que são confrontadas com a nova era digital.  De acordo com Paiva ”O sistema educacional sempre se viu pressionado pela tecnologia, do livro ao computador, e faz parte de sua história um movimento recorrente de rejeição, inserção e normalização (2012, p. 6).

Um dos principais desafios no ensino de uma língua estrangeira nos dias atuais é incorporar as repercussões das tecnologias digitais de informação e comunicação no processo de ensino produzido ainda nas salas de aula, mas crescentemente nas suas extensões (ALMEIDA FILHO, 2012 – no prelo). Ao longo dos últimos anos, o computador vem sendo incorporado a esse cenário, firmando-se enquanto instrumento pedagógico potencialmente facilitador do aprendizado. Utilizado inicialmente numa abordagem gramatical de bases estrutural e behaviorista (WARSCHAUER, 1996, apud MOREIRA, 2003), depois gramatical comunicativizada de corte cognitivista e humanista, apresenta-se hoje como promessa integradora da abordagem comunicativa.

Os professores de hoje encontram nas tecnologias novas formas de ensinar e aprender. Com os i-phones, i-pods, tablets, laptops e tanta tecnologia trazida para a sala de aula pelos alunos, é possível desenvolver atividades com o usodestes aparelhos para fazer circular a nova língua em múltiplas ocasiões para haver aquisição.

Paiva (2010) cita os seguintes benefícios específicos do uso dos recursos tecnológicos, se adequadamente utilizados. Assim, atecnologia a) apoia o desenvolvimento do aprendiz, b) está na base das habilidades para o século 21; c) engaja os aprendizes na aprendizagem e na criação de conteúdo; d) amplia o acesso à educação, às comunidades virtuais e aos especialistas; e) incentiva a inclusão; f) possibilita inovações metodológicas; g) ajuda na contenção da evasão; h) facilita a instrução diferenciada; e i) amplia o período diário para aprendizagem.

Almeida Filho, (2012, comunicação individual), propõe algumas reflexões: “Inovações metodológicas em si mesmas são importantes? A tecnologia em si segura o aluno na escola mesmo depois de passar o primeiro momento de encantamento? O tempo a mais em frente ao computador será sempre convertido em aquisição da nova Língua? A cultura de aprender mantida por nosso caráter nacional de pouco valorizar a escola será mesmo revertida somente pela inovação digital? As tecnologias ajudam os aprendizes a serem mais autônomos num sentido forte que vá além de trabalhar por si com independência?”

As reflexões propostas pelo autor são pertinentes. Percebemos que há muito ainda a ser feito. A tecnologia por si só não faz milagres, não torna o aprendiz mais hábil, mais competente.

5. Concluindo

Precisamos da tecnologia e de bons professores, que fazendo uso adequado da mesma produzirão os efeitos de conter a evasão, favorecer o desenvolvimento da autonomia, construir atividades para que sejam utilizadas extra-classe, incentivar o intercâmbio e a pesquisa, entre outros. É neste ponto que evidencio que aquele antigo temor que havia entre os professores, que acreditavam que um dia seriam substituídos por computadores, se desfaz. O computador não substitui o professor, da mesma forma que os livros não substituíram professores. São recursos!

Os fatos e personagens que encontramos na história não devem ser ignorados ou esquecidos. Os professores de hoje não podem ficar alheios às mudanças e benefícios que o mundo virtual traz ao ensino e aprendizagem de línguas.  Fazer bom uso dos recursos é um dos desafios que encontramos.  Isto deve ser considerado também no currículo e na formação de novos professores de línguas.

REFERÊNCIAS: