Ano 9 - Nº 9 - 1/2015

Apresentação

Consciente das implicações que a História do Ensino das Línguas trazem para a realidade educativa brasileira, o Editor Chefe da Revista HELB pensou a edição deste volume especial do periódico voltado integralmente ao ensino da Língua Portuguesa como L1 no Brasil. Agradeço a imensa confiança em mim depositada para atuar como organizadora deste volume histórico. Esse encargo prestigioso se deveu muito provavelmente à conclusão, no ano de 2014, de um estudo inicial sobre a história do Ensino de Português como Língua Materna (L1) no Brasil (CARVALHO, 2014).

O conteúdo deste número da HELB que aqui trago à luz advém do reconhecimento, tanto dos editores quanto do potencial público leitor, da necessidade de dispormos, no conjunto das histórias de ensino de línguas (segundas), da figuração do ensino da Língua Portuguesa (como língua primeira) nesse cenário, no qual se evidenciam relações específicas da área de Ensino de Língua(s) com as da Linguística Geral e da Linguística Aplicada.

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REFLEXÕES SOBRE A ESCOLA NA PRIMEIRA REPÚBLICA: O ENSINO DE PORTUGUÊS

Resumo

A partir de 1870 (Império) um decreto de Leôncio de Carvalho, escudado nas ideias de Pestalozzi e Froebel, lança um novo olhar sobre o aluno e o processo de aprendizagem. Trata-se da implementação do método intuitivo ou de “lição de coisas” e não mais o proposto por Lancaster. Na Primeira República, devido ao crescimento de uma classe média urbana e o início, ainda incipiente da industrialização, a instrução passa a desempenhar papel importante. É preciso treinar os professores, fazê-los aprender a aprender. São examinados, no ensino de Português, os programas, a inclusão de disciplinas, como a história da literatura brasileira, a exclusão de outras, como a retórica, as gramáticas para a infância e os primeiros manuais de redação.

Palavras-chave

Ensino durante a Primeira República – ensino de português – método intuitivo – programas de ensino – gramáticas – manuais de redação

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MACHADO DE ASSIS E O SEU IDEÁRIO DE LÍNGUA PORTUGUESA

Resumo:

Pretende este estudo deixar patente que Machado de Assis, no início de sua atividade literária, tenha presente numa concepção científica da língua, a finalidade maior da gramática, a importância do seu estudo, e o papel consolidador do escritor na construção da língua comum do país e da elaboração da língua literária.

Palavras-chave: Machado de Assis. Língua Portuguesa. Língua Literária.

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FRAGMENTOS DE MEMÓRIAS: ARQUIVO DA HISTÓRIA E DA PAIXÃO NO ENSINO SUPERIOR

RESUMO: Ser velho, na sociedade contemporânea – em que a opressão da velhice se realiza de múltiplas maneiras, “algumas explicitamente brutais, outras tacitamente permitidas”, significa, nas palavras da pesquisadora Ecléa Bosi, “lutar para continuar sendo homem” (BOSI, 1994, p. 18). Este artigo – produto parcial da pesquisa que trabalha com memoriais de professores aposentados do Departamento de Comunicação e Letras da Universidade Estadual de Montes Claros – pretende ser um instrumento de resistência à destruição dos suportes materiais da memória, na medida em que estes se configuram como estratégias de desbloqueio dos caminhos da lembrança e da recuperação de histórias pessoais e coletivas que, de outra forma, se perderiam.

PALAVRAS-CHAVE:Professores aposentados; Magistério superior; Memorial descritivo; Memória.

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Linguagem e Matemática em cartas: trabalhando na EJA

Introdução: colocação do problema

Receber e enviar correspondências faz parte do nosso cotidiano. De contas a propagandas, ou mesmo de cartas de vendas de cartão de crédito, por exemplo, diariamente colecionamos considerável remessa postada por correio.

Em meio ao mundo conectado pela internet, é necessário que o alunado da EJA identifique o tipo de correspondência, reconheça sua função e interprete com proficiência seu conteúdo. Isso equivale a dizer que a agenda de ensino em EJA tem que incluir, no trabalho da lecto escrita, os diferentes gêneros e tipos textuais para atingir o letramento pleno.

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“PALAVRAS, AI PALAVRAS! ESTRANHA POTÊNCIA A VOSSA!”

Resumo: Artigo sobre a necessidade de expansão do léxico discente com a seguinte estrutura: aquisição da língua como ampliação da experiência sociocultural; a língua portuguesa e as outras disciplinas da grade curricular; leituras atualmente praticadas na escola; importância da leitura dos clássicos da literatura; base semiótico-funcional; a iconicidade do léxico textual; orientação semiótica da leitura; prática de emprego de itens léxicos para aquisição/domínio da língua.

Palavras-chave: aquisição de língua; leitura dos clássicos da literatura; desenvolvimento sociocultural; competência em leitura e produção de textos.

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HISTÓRIA ORAL E PRÁTICAS DE ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA: TESTEMUNHOS PESSOAIS COMO FONTES PRIMÁRIAS PARA UMA SOCIOLINGUÍSTICA HISTÓRICA

RESUMO: Norma e normatização linguística no ensino de gramática em escolas brasileiras. Adaptação da metodologia da História Oral nos estudos sobre o ensino de língua portuguesa.

ABSTRACT: Standard and linguistic standardization in grammar teaching in Brazilian schools. Adaptation of the Oral History methodology in studies on Portuguese language teaching.Proposal through interviews.

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INSTRUÇÃO PÚBLICA NO BRASIL (1500-1889) HISTÓRIA E LEGISLAÇÃO

ALMEIDA, Jose Ricardo Pires de. Instrução Pública no Brasil (1500-1889) / José Ricardo Pires de Almeida; trad. Antonio Chizzotti; Ed. crítica Maria do Carmo Guedes. -2ª ed.ver.- São Paulo: EDUC, 2000.

Introdução

Instrução Pública no Brasil é uma obra de caráter político sobre educação pública brasileira. Ela contém dados sobre leis e fatos do período imperial, outros relativos às questões educacionais e foi publicada a fim de divulgar o Brasil para o resto do mundo.

Esta resenha visa destacar os fatos históricos, os dados e as orientações referentes ao ensino de línguas estrangeiras. Ela está dividida em três partes: a) publicações, organização da obra e destaque ao Brasil; b) introdução do livro e suas partes primeira e segunda - objeto da obra; e, finalmente, c) conclusão.

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