Escrito por José Carlos Paes de Almeida Filho, Editor-Chefe - ISSN 1981 6677.
Neste terceiro ano de publicação sem interrupções da Revista HELB, pioneira e única em sua categoria no País, abrimos ainda mais o leque temático histórico do ensino de línguas para interpretar fatos, personagens, medidas oficiais e períodos que marcaram o desenvolvimento da disciplina História do Ensino de Línguas no Brasil. É auspicioso que o Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada dedique parte de suas energias e provisões à formação histórica sobre o Ensino de Línguas a que se dedicam estudantes e docentes pesquisadores aqui situados. A formação de pesquisadores no âmbito da Aprendizagem e Ensino de Línguas (AELin) não poderia se completar sem essa experiência fundadora na interpretação do curso histórico produzido por professores e alunos de línguas, além de autoridades em instâncias oficiais que vão engendrando uma política coleante de consolidação de um ofício e de uma profissão antiga de muitos séculos de serviços a quem deseja apropriar-se de novas línguas e culturas.
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Escrito por Gloria Gil (UFSC) - ISSN 1981 6677.
Resumo
Neste trabalho[1], discuto a situação do ensino do inglês, do português e do espanhol como línguas estrangeiras no Brasil e na Argentina a partir da perspectiva glotopolítica (ARNOUX, 2005; GUESPIN & MARCELLESI, 1986). Primeiramente, traço uma breve historiografia do ensino das línguas estrangeiras no Brasil e na Argentina (1900-1990). Na sequência, comparo as sessões dedicadas ao ensino de línguas estrangeiras nos documentos curriculares nacionais publicados no Brasil e na Argentina na década de 90. Depois disso, descrevo a situação atual brasileira e argentina do ensino do inglês, do português e do espanhol como línguas estrangeiras. Finalmente, teço algumas reflexões acerca das políticas linguísticas em relação às línguas estrangeiras nos países em questão.
Palavras-chave: ensino de línguas estrangeiras, glotopolítica, Brasil e Argentina.
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Escrito por Luiz Eduardo Oliveira e João Escobar J. Cardoso (UFS) - ISSN 1981 6677.
Resumo
O presente artigo apresenta alguns dos frutos do Projeto de Pesquisa intitulado “A legislação sobre o ensino de línguas e seus reflexos em Sergipe (1931-1961)”, sediado na Universidade Federal de Sergipe, visando a delinear o processo de institucionalização, por meio de pesquisa documental da legislação, do ensino de línguas no país e suas repercussões no Estado de Sergipe. Como resultado da análise documental, verificamos que, no período de 1931(instituição do método direto) a 1996 (instituição da LDB), a finalidade prática do ensino das línguas vivas não se confirma no instituído método prático – o método direto – pela forte interferência de terceiros, pelas condições políticas, pedagógicas e culturais vigentes, e somente com a primeira LDB é que se sugere algo de mais prático no ensino de línguas reconhecível como uma capacidade de usar a língua aprendida no currículo escolar.
Palavras-Chave: história do ensino de línguas no Brasil, periodização de HELB. Métodos de ensino de línguas.
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Escrito por Samara Cordeiro (PPE- UnB Idiomas) - ISSN 1981 6677.
Resumo
Este artigo se propõe à revisão histórica do que já se sabe do ensino de línguas (autóctones e portuguesa) instrumentalizado por materiais textuais, como gramáticas, no Brasil, no Período Colonial. Visa ainda a reunir informações sobre a sistematização do ensino; seu objetivo; seus materiais didáticos impressos; e o papel da gramática nesse período. A resenha bibliográfica discutirá a produção da primeira gramática de língua autóctone; traduções para a língua indígena como facilitadores da comunicação entre missionários e índios; e a catequização destes. Neste artigo, sugere-se, por fim, a pesquisa sobre materiais didáticos, em especial de gramáticas do Brasil Império aos nossos dias.
Palavras-Chave: Ensino de Línguas/ Materiais de Ensino/ Gramáticas/ Brasil Colônia.
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Escrito por Elisa Alencar (UFT) - ISSN 1981 6677.
Resumo
O conhecimento de História Geral do Brasil pode ser de suma importância para se compreender a trajetória da disciplina História do Ensino de Língua Estrangeira(Inglês) em nosso país. Este artigo objetivou por meio de uma metodologia analítica documental encontrar dados da história do ensino de línguas a respeito de sua produção informal e formal partindo da descoberta do Brasil, passando pela chegada dos jesuítas e da família real de Portugal e chegando ao século XXI. Para tanto, questionou quais são os modelos base desse ensino, e ainda, até que ponto progredimos com relação ao nosso modo de atuar na sala de aula de língua(s). Como resultados, observamos que os modelos foram europeus e clássicos, afiliados ao tradicional método de ensinar latim (ou equivalente) e que, entre avanços e retrocessos, chegamos a um crescente desejo já expresso em legislação de um ensino para as demandas de comunicação em sociedade. Para materialisar esse desejo, recomendamos que professores e pesquisadores se lancem na busca por melhor compreender por meio da história o passado, o presente e o futuro da educação em língua estrangeira no Brasil.
Palavras-chave: Ensino de Língua Estrangeira; História; Sociedade Brasileira.
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Escrito por Fabrício Fernandes (Cooplem) e Samara Cordeiro (PPE-UnB Idiomas) - ISSN 1981 6677.
Resumo
Para entender o papel das gravuras como recurso importante no processo de ensino-aprendizagem via livros didáticos, objetivamos, neste artigo, retomar o percurso de inserção de gravuras ilustrativas em livros didáticos. A pesquisa de cunho histórico foi realizada a partir de resenha literária e análise do emprego de gravuras em livros didáticos de línguas. Constatamos que as gravuras em livros didáticos de línguas ilustram a sociedade falante da língua-alvo em situações típicas, mas não somente com fins didático-pedagógicos, elas também difundem ideologias e paradigmas culturais dessa língua. Por essa razão, recomenda-se que professores e alunos estejam atentos para explorar as diversas referências representadas por uma gravura. Pesquisadores e autores de livros didáticos, por sua vez, não podem deixar de considerar o universo de sentidos das gravuras tanto ao selecioná-las quanto ao analisá-las.
Palavras-Chave: Gravuras no Livro Didático para o Ensino de Línguas; Livro Didático de Língua Estrangeira; História do Ensino de Línguas.
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Escrito por José Carlos Paes de Almeida Filho (UnB) - ISSN 1981 6677.
Resumo
Dois movimentos contrastantes de ensino de línguas marcaram o início da década 1970, a saber, o movimento audiolingual no Brasil e o nocional-funcional (precursor do cumunicativismo) na Europa Ocidental. Por meio de pesquisa bibliográfica de caráter histórico, este artigo visa a apresentar algumas condições que reunidas e amadurecidas permitiram a emergência de uma tradição comunicacional em alternativa à gramatical no cenário mundial e brasileiro. Como resultados, verificamos que apesar de a década de 1970 representar a ponta do iceberg do movimento comunicativo de aprendizagem e ensino de línguas, os séculos XIX e XX ofereceram várias condições precursoras desse movimento identificáveis em trabalhos de europeus, indianos, americanos e brasileiros.
Palavras-Chave: Aprendizagem e Ensino de Línguas; História do Ensino de Línguas; Movimento Comunicativo; História do ensino comunicativo
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